O trecho, a seguir, é um excerto do primeiro capítulo da Obra Literária de Ficção Cabalista "Arizal - O Viajante Do Tempo" que comecei a receber e escrever na última semana, a partir do dia 18 de agosto de 2018. Ela é protegida pela Lei dos Direitos Autorais e não pode ser copiada ou reproduzida sem a autorização por escrito do autor.
VORTICE Iº
“O tempo não se move. É a
consciência que se movimenta viajando no Cubo de Metatron.”
Sipra Razá ba’Zeman – Iº S’firá[1]
A
Visita
1533
U
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vórtice luminoso aparentando um redemoinho luminescente azulado se abriu no
tempo dentro da antiga K’nesset Kolynus sem, no entanto, causar qualquer tempestade
e o Cubo de Metatron, sob a cama de uma melódica e harmoniosa música, apareceu
suavemente, escrevendo no ladrilho azul-saphir, os luminosos segredos de Maasê
Merkavá. Sandalfon veio nele. Havia atravessado seis universos desde Éden
Mi-Kédem trazendo em suas asas a magnífica centelha de alma que habitaria
aquela criança especial que nasceria no futuro. Sh’lômo Lúria estava só,
vestido com seu talit empunhando um sidur com a mão direita. Seus lábios se
moviam suavemente no segredo de Chanáh recitando as preces da aurora as quais
interrompeu ao ouvir a harmoniosa melodia produzida pelo aparato luminoso
fitando com o canto do olho esquerdo. As portas semitransparentes feitas da
pedra tarshish[2]
de Galizür – o Ofanim – se abriram e o profeta do Jardim dos Elohim apeou de sua Carruagem atemporal
descendo a rampa vítrea na qual letras do alfabeto malachim se movimentavam subindo
e descendo como ascendendo e descendendo uma escada de luz.
- Isaac lúria será o nome que você dará ao
menino quando ele nascer daqui um ano - disse o ser habitante do universo dos
Mestres Atemporais ao abismado rabino Sh'lômo Lúria que nem mesmo piscava
enquanto ouvia as palavras do ser angélico, três meses antes da criança ser
gerada. - Ele será, como eu, um viajante do tempo e salvará o mundo dos Mestres
Malignos do universo das Sombras, os Filhos de Belial - completou Sandalfon
soprando de suas plumas uma centelha de luz, uma faísca do anjo Raziel – o mestre
dos mistérios de Éden Mi-Kédem. A fagulha levitou suavemente na direção do coração de Sh’lômo
Lúria e o penetrou indo habitar a câmara direita do principal órgão do rabino e
o que os antigos chamam Israel.
“- Lëv chacham liminô...” – balbuciou o
zaqën. “- O coração do justo está à direita.” Lembrando-se o rabino das
palavras sagradas do Rei Salomão[3].
- Quando ele for adulto, está Merkavá, o
Cubo de Metatron, será dada a ele, e com ela, ele viajará por todos os tempo e
dimensões salvando todos os seres e os ensinando a Sabedoria de Éden Mi-Kédem –
a todas as criaturas - acrescentou Sandalfon entregando ao rabino um sha’on tzeruf[4]
enquanto se virava se dirigindo de volta à Carruagem luminosa que havia saído
do vórtice de luz que se havia aberto dentro da antiga sinagoga.
- Este é para o menino! Ele saberá o que
fazer com ele – Explicou o profeta de Éden Mi-Kédem enquanto as portas da
Merkavá se fechavam serenamente no tempo no qual os motores de luz do Cubo de
Metatron se acionavam harmoniosamente sob a mesma melodia esotérica executada
no momento da sua chegada. O aparato se esvaneceu enquanto o mestre Sh’lômo
Lúria o observava atentamente.
Com completa emuná
na revelação e promessa de Sandalfon, o rabino Lúria escolheria, de acordo com
a sabedoria da Chochmat Nistar, o momento, durante uma Shabat, três meses no
futuro, para se unir à sua amada esposa e, fecunda-la, com o auxilio das almas
adicionais hospedas e unificadas à centelha de Raziel na câmara direita do seu
coração, com a alma humana-angélica, o jovem viajante do tempo, que, obedecendo
as instruções de Sandalfon, se chamaria Isaac Lúria!
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